Antiga Rodoviária de Florianópolis: não à demolição!

O presidente do ITCidades, Lino Peres, participou sábado (6/4) do Abraço na Antiga Rodoviária de Florianópolis, que pode ser demolida para a construção de empreendimento privado de mais de 12 pavimentos e cujo projeto de lei do prefeito Topázio Neto tramita na Câmara Municipal em regime de urgência, com votação prevista para 17/04. As bancadas do PT e PSOL estão pedindo vistas nas Comissões para que se suspenda o regime de urgência e se realize Audiência Pública para debater amplamente a destinação de uso do equipamento histórico, que abrigou por muito tempo, entre os anos 1950 e 1980, a Rodoviária da capital. O prefeito Topázio Neto alega que os recursos da alienação do imóvel se destinarão à cobertura das dívidas da prefeitura. Sobre isso, a bancada de oposição afirma que a prefeitura deveria buscar estes recursos de outras fontes, como concentrar os imóveis da municipalidade espalhados pela cidade, hoje pagando alugueis altíssimos, e assim economizar para cobrir o suposto déficit orçamentário. Tem aumentado significativamente a mobilização em prol do prédio, reunindo diferentes segmentos da sociedade. Na sua fala, Lino destacou a importância estratégica da mobilização popular que garantiu o uso público na Ponta do Coral, da Praça de Coqueiros, do Parque da Luz e do Pacuca, no Campeche. Destaquei que o grito da rua deve clamar mais alto neste espaço. O eixo principal do Ato deste sábado foi pela não demolição da Antiga Rodoviária, restaurando suas instalações, que contam com um pátio interno que permitiria integrar as atividades externas que fluem ao longo do passeio arborizado da Avenida Hercílio Luz. O prédio pode ser um lugar de animação, cultura ou outra finalidade pública e comunitária que potencializará ainda mais a Hercílio Luz e a fruição pública, viabilizando o encantamento do espaço público da cidade, cada vez mais aprisionada por mãos privadas. Lino observou que as universidades têm vários projetos (TCCs, dissertações e teses), destacando-se os cursos de Arquitetura e Urbanismo da UFSC e UNISUL, que apontam para o uso público e comunitário do prédio e à altura do que a cidade merece.